segunda-feira, 11 de julho de 2011

Medo!

Por que temos medo de assumir que temos medo?

A vida é cheia de incertezas, o que tá seguro hoje, amanhã pode desmoronar e o erro é que nunca estamos preparados para o inesperado e aí quando acontece viramos grandes fortalezas, passando a falsa segurança de que temos tudo sob controle. Não, nós não temos, ninguém tem! 

A solidão é muito maior quando somos incapazes de dividir, vergonha é não assumir que precisamos de ajuda!  Ninguém consegue superar o medo sozinho. 

Por que ao crescer não temos mais a coragem de pedir a mão quando a luz se apaga e você é obrigado a dormir sozinho no escuro? Correr para a cama dos pais quando escuta um barulho estranho no quarto? Agarrar mais forte seu irmão quando tem um pesadelo? Por que perdemos essa inocência? 

Muitas vezes somos essas crianças de 4 anos, que estão descobrindo a vida, a independência, mas que ainda não sabem lidar direito com isso e por isso pedem ajuda.

Não está seguro? Pede abrigo! Não sabe o que fazer? Corre pra sua mãe! 

Somos adultos mas não somos perfeitos, ninguém é e não devemos esperar que ninguém seja! 
Eu admito! TENHO MEDO!
Alguém tá comigo?

domingo, 3 de julho de 2011

Conflitos

Existem momentos em que eu me questiono sobre as minhas escolhas, sobre o meu futuro, sobre minhas decisões do passado que tem impacto até hoje. Será que agi da melhor maneira? Será que segui o conselho certo?

Não sei se eu tenho a força necessária para encarar todas as coisas que preciso, as vezes eu só queria desaparecer, tirar uma férias da minha vida, de mim! 

Meu sábado foi bem estranho, passei o dia com meu filho e "meu ex-marido", éramos como uma família, mas não somos, jantamos como um casal, mas não somos, nosso filho estava radiante, mas no final do dia tudo voltou ao normal, eu fui pra casa, ele foi pra casa dele e cada um seguiu como tem seguido há 4 meses.

É possível não amar algm, mas ainda assim querer essa pessoa por perto? Se eu posso tirar alguma lição do dia de ontem é de que, definitivamente, ainda não é o momento para sermos grandes amigos.

Hoje é domingo e eu só consigo pensar em quando essa angústia vai embora! 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Quer um conselho?


Ser mãe nova tem dessas coisas, ninguém leva muita fé no seu instinto maternal. Todo mundo acha que poderia fazer melhor e que você sempre precisa de um conselho, de um toque. Regras pra sua vida? Deixa com a gente! Como vc deve se comportar? Eu te ensino. Como seu filho deve jantar? Eu te conto.
Obrigada! Mas eu carreguei nove meses, eu amamentei, eu levei golfadas na cara e limpei as "sujeiras" mais absurdas. Eu acordei no meio da madrugada (sem motivo aparente) e qdo olhei pro lado, meu filho estava todo inchado, tendo reação alérgica. Eu chorei quando voltei a trabalhar por ter que deixá-lo em casa, eu me emociono a cada descoberta dele, me divirto com cada besteira e estou sempre ao seu lado quando ele precisa. Se eu erro? Claro, mas garanto que todas as mães erram com seus filhos, seja na super proteção, seja na falta de proteção. Primeiro filho é conflitante, são emoções novas, ansiedades, desejos, curiosidades que fazem a gente errar, escorregar. Não pensem que a gente não carrega a culpa por esses "erros".

Não me entendam mal, não estou dizendo que não quero conselhos nem toques, só estou dizendo que não preciso de um manual sobre como educar/criar meu filho.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tenha calma...


Quando a gente passa por momentos difíceis, acreditamos piamente que não vai passar, nada nunca poderá acabar com a dor, o medo e a angústia que sentimos. Acreditamos que dessa vez tudo foi por água abaixo e a recuperação... que recuperação?

Definitivamente não saímos os mesmos de situações assim, às vezes saímos mais fracos, vulneráveis e medrosos, mas na maioria das vezes, saímos mais fortes, mais confiantes e mais seguros.

Quando meu tio foi sequestrado eu tinha certeza que o pior ia acontecer, não brincava no recreio da escola e não ria mais, hoje em dia meu tio tem dois filhos lindos e vive normalmente e eu sorrio por aí. Quando eu engravidei aos 20 anos, meu pânico foi tanto que eu não saí do quarto e não comi por um dia inteirinho, evitei minha família por uma semana e ignorei minha gravidez por 1 mês e quando meu filho teve sua primeira crise alégrica, eu chorei, me desesperei  e fiquei em pânico com o que poderia acontecer com ele. Quando eu me separei eu chorei, eu fiquei perdida eu vi meus sonhos se esvaírem, eu vi um certo descaso que eu não esperava, eu sofri.

 Eu sofro até hoje, mas eu superei traumas muito piores, eu perdi sonhos muito maiores, mas também conquistei sonhos inimagináveis, vivi experiências que poucos na minha idade tiveram a oportunidade. Então desculpa, eu não vou abrir mão da minha vida por nada, nem por ninguém.  

Luto? Claro! Ainda estou em processo de retorno. Me apaixonar? Não está nos planos. Me divertir? Com certeza. Sentir pena de mim? Nunca, eu tenho uma família que me ama, amigos que se importam e um filho lindo ao meu lado. Aos poucos as coisas voltam ao normal, não tenho pressa.... 

domingo, 3 de abril de 2011

"Tudo vai dar certo"


Eu sou uma mãe solteira de 24 anos. Depois de 5 anos de relacionamento,  4 anos morando junto, um apartamento comprado e nada de aliança no dedo o “casamento” foi desfeito, deixando um filho lindo de recordação.

Meu pai cisma em dizer que o que faltou foi: “Uma postura de marido e mulher, você não vê o Fulano como marido, nem ele te vê como mulher” (consigo escutar a voz dele, claramente, falando isso), mas desculpa por ser imatura e old fashion, mas para mim casamento tem véu, grinalda, igreja e festa, nem aliança eu tinha!!! Então aquilo, definitivamente, não era um casamento.

Ok, vcs devem estar achando que o motivo para o fim, foi o não pedido, certo? Errado, o motivo? Um monte de besteirinhas que se transformaram em besteironas, resumo da ópera? FALTA DE VONTADE. Pode ser que tenha faltado amor, pode ser que tenha acabado a paixão, isso não importa mais.

Odeio quando as pessoas tentam analisar o fim da sua relação, “Faltou maturidade”, “O fulano estava a fim de curtir”, “Ela chegava em casa meia-noite da saída com as amigas”. Será que essas coisas realmente importam? Minha preocupação agora é comigo. Foco no trabalho, foco em me descobrir, foco em saber o que eu quero, foco em me conhecer. Assim, eu tenho certeza que o meu filho vai se sentir mais seguro. Ah! O meu filho!!!! Ele é o meu maior foco.
Bom, vcs sabem como eu me sinto de verdade com isso tudo? APAVORADA!!!!!

Gente, vcs leram lá no comecinho? Prestaram bem atenção na minha primeira frase? EU SOU UMA MÃE SOLTEIRA DE 24 ANOS! O que acontece com mães solteiras??? Eu não sei, eu nunca vivi isso na minha vida!!!

Meu pai fala que mães solteiras "Precisam se preservar, elas podem ser mal vistas pela sociedade". Imagina uma mãe solteira de porre? na night até altas horas?

 Será que existe um clube para mães solteiras? Um lugar aonde todas elas se encontram e podem libertar o monstro adormecido? A vontade de fazer merda (ops, desculpe o linguajar) como na adolescência? Ou será que elas só fazem programas na calada da noite, quando todos estão dormindo? 

Pq sinceramente eu não sei como eu, aos 24 anos, vou encontrar algm se eu não puder sair direito, nem sei como vou superar essa fase se eu não sair com meus amigos e convenhamos, todos estão nessa faixa de idade e, ou eles saem para beber ou vão pra night! SOCORROOOOOO... se esses clubes de mães solteiras existirem, vcs me avisam?

Enfim, hoje é a segunda semana de muitas que estão por vir e esse espaço é um desabafo, puro e simples, um lugar onde eu posso vir e contar tudo que tem acontecido nessa minha nova fase. Acho que vou até inventar um apelido pra esse blog, mas isso fica para depois!

Me desejem sorte?